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Helicópteros no mundo

            A aeronáutica, de maneira geral, é um assunto que sempre causa um certo fascínio, talvez porque representa, para os leigos, uma espécie de violação das leis da natureza o fato de o homem poder voar. Esse fascínio provoca e desperta a curiosidade de muita gente que, ao descobrir qualquer um de nós que é piloto ou trabalha no meio aeronáutico, quer saber um monte de coisas do tipo “como funciona o helicóptero? Qual é a velocidade máxima? Para que serve aquela pequena “hélice” de trás? O que acontece se o motor parar, já que ele não tem asas para planar como avião? Existem helicópteros tão grandes quanto os aviões comerciais de grande porte? Podem os helicópteros voar tão rápido quanto os aviões a jato?”

É natural que em um Clube como este nosso, as perguntas não sejam exatamente essas, mas . . . e se forem? Por que não? É evidente que não temos a pretensão de lançar aqui um curso de helicópteros. O que se propõe, é, apenas, promover a simples troca de experiências, informações e conhecimentos sobre o fascinante tema relacionado com o vôo das aeronaves de asas rotativas.

Existem várias maneiras de classificar as máquinas voadoras. Uma delas, define grupos principais de aeronaves:

·      Os balões

·      Os foguetes

·      As aeronaves de asas rotativas

·      As aeronaves de asas fixas

            Cada um destes apresenta a sua própria divisão. Assim, existem os balões livres e os balões cativos; os balões livres podem ser dirigíveis ou não; os foguetes podem ser classificados segundo o tipo de combustível (sólido ou líquido), segundo o tipo de trajetória (balística ou não), etc., e as aeronaves de asa fixa são os aviões ou planadores se forem, respectivamente, propulsadas ou não.

Da mesma forma, as aeronaves de asa rotativa podem ser autogiros, helicópteros ou mistas. Basicamente, podemos dizer que aeronaves de asa rotativa são aquelas em que a sustentação é assegurada por um rotor (asa) que, girando, provoca o mesmo efeito que a asa fixa produz para o avião.

No autogiro, o rotor é livre e gira acionado apenas pelas forças aerodinâmicas geradas pela velocidade da aeronave para a frente. Autogiros não voam na vertical. Já no helicóptero, o rotor é acionado, mecanicamente, por um motor, o que lhe confere a capacidade de decolar e pousar na vertical e ainda de permanecer suspenso no ar em vôo pairado.

Nas chamadas aeronaves mistas, as características do avião e do helicóptero são combinadas para obter-se alguma coisa que não é nem avião nem helicóptero, mas que, dependendo da fase do vôo, funciona ora como um, ora como outro.

O helicóptero é, portanto, uma máquina voadora do grupo das aeronaves de asa rotativa que extrai a sustentação necessária ao seu vôo de um rotor acionado mecanicamente e que lhe permite executar o vôo vertical.

            Podemos, portanto, tirar uma primeira conclusão de que o helicóptero não é, definitivamente, um avião, o que, certamente, é óbvio para a maioria. Muito menos trata-se de um tipo esquisito de avião que não possui asas, o que não é tão óbvio assim para alguns. O helicóptero possui asas de fato. Só que não são do tipo a que estamos convencionalmente acostumados. Porque giram, são chamadas de asas rotativas e têm, inclusive, um nome especial - ROTOR - que alguns insistem em chamar, erroneamente, diga-se  de passagem, de hélice.

   
   

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